A genética influencia o aprendizado de canto?
É uma boa discussão para descobrimos que cada espécie tem um intrincado processo de comunicação, de vocalização, de comportamento e de outras particularidades. O bicudo e o curió, por exemplo, são pássaros que temos observado há mais de cinqüenta anos ininterruptos. Supomos que com essa experiência, podemos dizer algo que vimos anotando ao longo de todos esses anos.
Já fizemos de tudo com eles, observamos na natureza, reproduzimos muitos, preparamos para torneio de fibra, de canto e de repetição e logramos sucesso e muitas oportunidades e nessas modalidades. Já encartamos canto em muitos e com extrema qualidade. Acresce ainda dizer temos trocado sistematicamente informações a respeito do manejo deles com os maiores expertises no assunto, notadamente com o nosso mestre o Marcílio Picinini, dentre outros.
Todos nós chegamos à conclusão que o “dialeto de canto” é um processo de aprendizado e não é genético. Outro fato importante é que existem o Bicudo e o Curió “cabeça mole” que é aquele que aprende um canto e depois com muita facilidade passa para outro mesmo depois de adulto. Então, deduz-se que esse tipo de pássaro é aquele que geneticamente estaria preparado para migrar e que se adaptaria com facilidade a um novo habitat diferente daquele que nasceu e vivia antes. Por isso tem-se que ter o maior cuidado com eles pois, a qualquer descuido, podem perder o belo e complexo canto que aprenderam.
Já os “conservadores” os chamados “cabeça dura” que são aqueles que teriam a missão de conservar o seu respectivo dialeto, aprendem no ninho com o pai e nunca mais ou dificilmente mudarão o seu estilo de canto ou a sua frase musical.
Isso tem se confirmado no ambiente doméstico e os criadores que atentam para esses fatos tem obtido sucesso sua empreita de ensinar o melhor canto aos filhotes. O difícil é localizar quais são os pássaros que tem propensão para aprender com mais facilidade que os outros, e isso é pura genética. Sabemos que são pouco criadores que fazem essa pesquisa, via de regra. Daí a origem das dificuldades adicionais que a maioria enfrenta.
Ficamos preocupados quando um ou outro criador diz a um eventual cliente que é preciso ter um pai de determinado canto para que o filhote aprenda esse mesmo canto. Isso não é verdade e contraria o que estamos dizendo com as evidências que temos até hoje.
Também, agora é que estamos no início de um grande processo de reprodução visando suprir a demanda. Os criadouros amadores e aqueles que se transformaram em comerciais precisam de auxílio de técnicos para desenvolverem pesquisas genéticas nesse sentido, através de exame de DNA e tudo o mais.
Além disso, brevemente lógico que passaremos a efetivar as genotipagem para identificar e marcar qual é o tipo genético que mais favorece ao sucesso no aprendizado e a repetição no Bicudo e Curió.
Finalmente, a Internet que está fazendo com que tudo venha à tona, que haja transparência. Um banco de dados logo virá para que os criadores estejam integrados e participando democraticamente de informações e tecnologia das mais avançadas que buscarão cada vez mais o sucesso e valorização da criação de passeriformes em ambientes domésticos.
Aloísio Pacini Tostes – Bonfim Paulista – Ribeirão Preto
Texto publicado com prévia autorização do autor.
É uma boa discussão para descobrimos que cada espécie tem um intrincado processo de comunicação, de vocalização, de comportamento e de outras particularidades. O bicudo e o curió, por exemplo, são pássaros que temos observado há mais de cinqüenta anos ininterruptos. Supomos que com essa experiência, podemos dizer algo que vimos anotando ao longo de todos esses anos.
Já fizemos de tudo com eles, observamos na natureza, reproduzimos muitos, preparamos para torneio de fibra, de canto e de repetição e logramos sucesso e muitas oportunidades e nessas modalidades. Já encartamos canto em muitos e com extrema qualidade. Acresce ainda dizer temos trocado sistematicamente informações a respeito do manejo deles com os maiores expertises no assunto, notadamente com o nosso mestre o Marcílio Picinini, dentre outros.
Todos nós chegamos à conclusão que o “dialeto de canto” é um processo de aprendizado e não é genético. Outro fato importante é que existem o Bicudo e o Curió “cabeça mole” que é aquele que aprende um canto e depois com muita facilidade passa para outro mesmo depois de adulto. Então, deduz-se que esse tipo de pássaro é aquele que geneticamente estaria preparado para migrar e que se adaptaria com facilidade a um novo habitat diferente daquele que nasceu e vivia antes. Por isso tem-se que ter o maior cuidado com eles pois, a qualquer descuido, podem perder o belo e complexo canto que aprenderam.
Já os “conservadores” os chamados “cabeça dura” que são aqueles que teriam a missão de conservar o seu respectivo dialeto, aprendem no ninho com o pai e nunca mais ou dificilmente mudarão o seu estilo de canto ou a sua frase musical.
Isso tem se confirmado no ambiente doméstico e os criadores que atentam para esses fatos tem obtido sucesso sua empreita de ensinar o melhor canto aos filhotes. O difícil é localizar quais são os pássaros que tem propensão para aprender com mais facilidade que os outros, e isso é pura genética. Sabemos que são pouco criadores que fazem essa pesquisa, via de regra. Daí a origem das dificuldades adicionais que a maioria enfrenta.
Ficamos preocupados quando um ou outro criador diz a um eventual cliente que é preciso ter um pai de determinado canto para que o filhote aprenda esse mesmo canto. Isso não é verdade e contraria o que estamos dizendo com as evidências que temos até hoje.
Também, agora é que estamos no início de um grande processo de reprodução visando suprir a demanda. Os criadouros amadores e aqueles que se transformaram em comerciais precisam de auxílio de técnicos para desenvolverem pesquisas genéticas nesse sentido, através de exame de DNA e tudo o mais.
Além disso, brevemente lógico que passaremos a efetivar as genotipagem para identificar e marcar qual é o tipo genético que mais favorece ao sucesso no aprendizado e a repetição no Bicudo e Curió.
Finalmente, a Internet que está fazendo com que tudo venha à tona, que haja transparência. Um banco de dados logo virá para que os criadores estejam integrados e participando democraticamente de informações e tecnologia das mais avançadas que buscarão cada vez mais o sucesso e valorização da criação de passeriformes em ambientes domésticos.
Aloísio Pacini Tostes – Bonfim Paulista – Ribeirão Preto
Texto publicado com prévia autorização do autor.
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